27 julho 2007

Tem dias que eu queria ser quase eu,
mas sem antecedentes.
Desconhecido aos olhos dos mais próximos,
Faria amigos parecidos, mas os faria diferentes
nessa amizade.
Encontraria um amor bem amado e, tentando puxar
conversa, perguntaria "qual é seu nome?"
Convidaria meus melhores amigos para nossa
primeira cerveja, nossa primeira discussão.
E queria que tudo que fizesse fosse leve de flutuar.
E que o amor que desprezei me incendiasse sem
querer e me dissesse que eu tô viajando.
E que dessa desilusão derramasse vento forte e
tempestade e mais nada que dure mais de uma
semana.
Usaria menos a pontuação.
Faria uma costura bem feita de onde achei que o
peso rebentou até o decolar do novo leve.
E daí começa o esquecimento dos históricos, que
quem é que precisa?
Deixaria a forma como fosse e a cor que quizesse.
A notas se tocariam e a dinâmica nunca foi minha
mesmo.
Acho que eu queria isso.

(Paulinho Gomes Junqueira - 14/01/05)

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