31 janeiro 2006



Capa de um outro disco do Zappa.
(traduzindo: "Um navio chegando atrasado pra salvar uma bruxa se afogando")

Eu e Bob Dylan

Tem umas coisas com o Bob Dylan.
Ontem eu peguei o finalzinho do documentário do Martin Scorcese sobre o homem...
Nunca fui de ouvir muito não, nem tenho disco nenhum mas acho uma musica respeitável.
Ontem, virei fã da pessoa - sujeitinho mais ácido, um reporter pergunta uma coisa mais ou menos assim:
- Quantos cantores da sua geração fazem canções com mensagens sutis? (aliás, esse tipo de pergunta persegue ele desde os primórdios)
a resposta:
"-136."
ótimo! mas o repórter dá uma de migué e pergunta de novo:
"-exatamente 136?"
resposta :
"-entre 136 e 142."
Como diria o Serginho Gosma "-MUITO BOM!!!"
É só um exemplo da ácidez da pessoa. O bom humor é uma grande virtude, combinado com uma dose de veneninho sagaz, torna um diálogo desses digno de aplauso.
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Um amigo meu, fã do Bob Dylan, disse que depois que o Jimmi Hendrix gravou o "All along the watchtower" o autor achou tão boa a interpretação que declarou publicamente que nunca mais tocaria a canção. É como se Hendrix tivesse roubado os direitos autorais com a sua interpretação sublime. Eu concordo, em termos de Rock and Roll, Hendrix é inalcansável.
Não vi isso no filme mas pesquisei um pouquinho e não encontrei nenhuma gravação dessa música depois de 1969. Depois de ontem, quando conheci um pouco da personalidade e do ego de Dylan, acho que ele pode estar enganado mas "se non é vero, é benne trovatto."
ap: Outro que reverenciou a maestria do Sr. Jimi Hendrix foi Frank Zappa. No seu disco "We ar only in it for the money" (que tem a capa copiada do Sgt. Peppers e é um tipo de homenagem aos beatles) todas as celebridades aparecem com tarjas nos olhos, menos o Jimi Hendrix.
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Última:
Quando eu tinha 8 anos, minha mãe me levou no show do Bob Dylan aqui em São Paulo. Lembro que eu esperei e segurei o sono durante todo show do "Tias Fofinhas" e na hora do grande Beatnic, (que minha mãe tanto falava) dormi profundamente, só lembro da gaita e do saco cheio de criança com sono. Vários colos, um bando de coroas (chorando e cantando) e a gaita. Só gostei da gaita.
(...)"Businessmen, they drink my wine, plowmen dig my earth,
None of them along the line know what any of it is worth." (...)
(Bob Dylan)

27 janeiro 2006

Um bom lugar se constrói com humildade *

Chuva em sampatown
O lixo fica exposto mas o cheiro melhora
água de meio fio, pode vir à qualquer hora

Sexta-feira, a noite é impossível
penso naquele onibus com as janelas fechadas
e a fila dupla institucionalizada

Madalena era minha pequena
Já foi tão suave, até roceira
Hoje te evito, e seus bens sucedidos.

Não te choro, estou de saída
perecível, me economizo
Não farei parte das ocorrências de hoje.

Lixo, morte e pouco vento.
Aquele filme triste que se repete.
Perdi o final mas já sabia...

Como já disse o mano brown:
ponho o moleton e tá beleza sem demora
Ligo Tupac no opala marrom e vamo embora

Estou no campo de batalha
Ganhei inimigos e perdi o sono.
Desarmado, blasfemei.

Tenho pouco tempo,
Meu veneno é um pouco menos
Me falta a alma de guerreiro.

Tenho pouco tempo
Só dá pra tentar mudar de assunto
Salve o Corinthians!

* título parafraseando o Sabotagem

19 janeiro 2006

São Paulo é Florida.

05 janeiro 2006

da evolução

Percebo daqui agora....
Quanta coisa que a gente percebe sozinho em casa, essa história de não dar "bons dias" esclarece muita coisa.... lembrei que eu não iria repetir esses mesmos erros nesse ano, tudo se realize...
Oque percebo é a repetição. Um detalhe ou outro a física não deixa o mundo repetir, mas o grosso é o mesmo. Vejo os mesmos nomes nos mesmos livros daquele ano atrás. aliás, como é que é mesmo? eleição-olimpiadas-eleição-copa do mundo? esse ano é eleição e copa do mundo ao mesmo tempo, no mesmo ano. e o parreira é um retranqueiro ou um exemplo de teimosia vitoriosa? saberemos em julho? oque já sabemos é que ele é o parreirae tem aquele estilo parreira de ser... talvez tenha feito planos para virar audácia, mas isso é normal em dezembro... no fim do mês os planos se resumirão a ganhar o hexa.
Daí eu vou ficar com o caso da contagem regressiva ou até aquela filosofia de hoje é o último dia 5 de janeiro do ano... que tudo morre... que tudo sempre morre... sempre...
e aqueles sujeitinhos inexistentes que eles tentam inventar nas últimas horas? o Super-eu, o Super-você... alguém que vai dar certo mudando radicalmente o comportamento do que erámos nós. Se fosse assim, a gente morreria demais, todo ano... Aqui, no mesmo lugar daquele passado, vejo que sou ainda eu, vivo e do passado. Lembrei daquela história de que "figurinha repetida não enche album" mas daí me ligou uma moça viva, do ano passado, dos anos passados... e eu não morri.