23 novembro 2009

No final o pombo seria sangrado sobre minha cabeça?
Fiquei jogando fora, sussurando pertinho pra ele levar meu excesso de bagagem, fiz até algum afago com os dedos... ele transmitia uma paz invejável. Acho que ele tava mais por dentro dos babados do que eu.
Não que eu tenha pudores com os sacrificios da liturgia, os vegetais também são sacrificados, o nosso tempo é sacrificado a cada respirar, o amor é sacrificado em cada beijo e por aí vão os sacrificios do mundo...
Mas na hora que eu ouvi o Zé Nilton mandando eu soltar o bicho tudo fez muito mais sentido:
- Vai menino ! Joga pra cima !
E foi. Voando na mata.
Sacrificando muitas dúvidas.

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