06 maio 2010

A maioria dos tempos é de dor
sempre a cicatriz a vista
a falta é mato.
a fartura é que é raridade

O atrito é constante no universo
a vida se faz nisso
A pausa não existe
Foi idealizada, é utopia

O tempo que te espero só
não é espera, é perda.
A paz nunca veio,
Só a luta se registra.

A conquista é instantanêa.
Ainda que demore séculos pra ser alcançada,
Dura o tempo de um peido
sempre sucedida de algo menor e menor.

No meu rancho lá na serra,
Nosso momento mais sublime
virou esquecimento, até duvidam.
Hoje é só um causo na minha memória.

Na minha cabana na Bahia
Nosso cheiro se perdeu.
Foi tão fogoso, tão cigano
Mas ninguém fotografou.

Aquele dia eu te disse,
Com alma aberta, como nunca
Mas você não ouviu
Ou ouviu mas esqueceu.

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