19 abril 2010

Um coração de mulher
Se esmaga com respeito
pisando descalço e devagar.
não se fere sem soprar.

É uma forlateza de areia fina.
Nem dinamites nem marretas,
Pra destruir, use a brisa
naquela cena bela, triste...

Mora sempre na véspera do sangramento
Que já batizou de sina,
Mas exige do algoz a reverência.

Não pode com tanta grosseria
Com esse tempo de ninguém com tempo,
Esse atropelo impessoal, gelado.

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