Como abati minha tia (Frank Wedekind)
Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Arranjei de dormir lá um dia
E limpei todo apartamento
Tanta jóia e dinheiro sobrando
Nunca vira tamanha riqueza
E a velha ali, resfolegando
Sem piedade e sem delicadeza
Que razão haveria em poupá-la
Era noite em torno de mim
Pois rasguei-a do bucho até a goela
E o funga-funga chegou ao fim
Carregar o dinheiro era duro
Pior a velha tão desengonçada
Entulhei-a num baú escuro
Lá no quartinho da empregada
Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Qual o sábio me condenaria
Sou tão jovem, tão pleno de alento.
19 dezembro 2006
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Um comentário:
pois é
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