19 dezembro 2006

Sobre o espírito natalino.

Como abati minha tia (Frank Wedekind)

Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Arranjei de dormir lá um dia
E limpei todo apartamento

Tanta jóia e dinheiro sobrando
Nunca vira tamanha riqueza
E a velha ali, resfolegando
Sem piedade e sem delicadeza

Que razão haveria em poupá-la
Era noite em torno de mim
Pois rasguei-a do bucho até a goela
E o funga-funga chegou ao fim

Carregar o dinheiro era duro
Pior a velha tão desengonçada
Entulhei-a num baú escuro
Lá no quartinho da empregada

Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Qual o sábio me condenaria
Sou tão jovem, tão pleno de alento.

Um comentário:

Anônimo disse...

pois é