O denso está na raiz da leveza, a inércia, no movimento.
Eis porquê o sábio príncipe, de madrugada à noite,
não perde a serena gravidade. Apesar das glórias e
honrarias, permanece desapegado e indiferente a elas.
Porque os senhores de milhares de carruagens dão
mais importância a si mesmos do que ao império?
Se agem superficialmente perdem a raiz, se agem
violentamente perdem seu trono.
(Lao Tsé)
27 dezembro 2006
25 dezembro 2006
19 dezembro 2006
Sobre o espírito natalino.
Como abati minha tia (Frank Wedekind)
Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Arranjei de dormir lá um dia
E limpei todo apartamento
Tanta jóia e dinheiro sobrando
Nunca vira tamanha riqueza
E a velha ali, resfolegando
Sem piedade e sem delicadeza
Que razão haveria em poupá-la
Era noite em torno de mim
Pois rasguei-a do bucho até a goela
E o funga-funga chegou ao fim
Carregar o dinheiro era duro
Pior a velha tão desengonçada
Entulhei-a num baú escuro
Lá no quartinho da empregada
Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Qual o sábio me condenaria
Sou tão jovem, tão pleno de alento.
Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Arranjei de dormir lá um dia
E limpei todo apartamento
Tanta jóia e dinheiro sobrando
Nunca vira tamanha riqueza
E a velha ali, resfolegando
Sem piedade e sem delicadeza
Que razão haveria em poupá-la
Era noite em torno de mim
Pois rasguei-a do bucho até a goela
E o funga-funga chegou ao fim
Carregar o dinheiro era duro
Pior a velha tão desengonçada
Entulhei-a num baú escuro
Lá no quartinho da empregada
Fui eu quem trucidei minha tia
Minha tia, o bagaço do tempo
Qual o sábio me condenaria
Sou tão jovem, tão pleno de alento.
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