Música nao é meio de vida.
é vida inteira,
mas é vida de meio,
de meio a meio no teu meio.
É vida de meio.
É de todos os meios.
Ao vivo no meio do olho
Do teu olho do meio.
(Pedro Gonza)
19 novembro 2011
07 novembro 2011
Instruções-exemplos sobre a forma de sentir medo
Numa aldeia da Escócia vendem-se livros com uma página em branco perdida em algum lugar do volume. Se o leitor desembocar nessa página ao soarem as três da tarde, morre.
Na Praça do Quirinal, em Roma, há um lugar conhecido pelos iniciados até o século XIX e do qual, em noites de lua cheia, vêem-se mexer lentamente as estátuas dos Dióscuros que lutam com seus cavalos empinados.
Em Amalfi, no fim da zona costeira, há um dique que penetra pelo mar e pela noite. Ouve-se um cão latir para além do último farol.
Um senhor está pondo pasta nos dentes na escova. De repente, vê, deitada de costas, uma diminuta imagem de mulher, feita de coral ou talvez de miolo de pão pintado.
Ao abrir o armário para apanhar uma camisa, cai um antigo calendário que se desmancha, se desfolha, cobre a roupa branca com milhares de sujas traças de papel.
Sabe-se de um caixeiro-viajante que começou a sentir dor no pulso esquerdo, justo debaixo do relógio de pulso. Ao arrancar o relógio, o sangue jorrou: a ferida mostrava os sinais de uns dentes muito finos.
O médico acaba de nos examinar e nos tranqüiliza. Sua voz grave e cordial precede os remédios, cuja receita ele escreve agora sentado à mesa. De vez em quando levanta a cabeça e sorri, animando-nos. Não é nada demais e daqui a uma semana estaremos passando bem. Nos refestelamos no sofá, felizes, e olhamos distraidamente em volta. De repente, na penumbra debaixo da mesa, vemos as pernas do medico. Ele arregaçou as calças até as coxas e veste meias de mulher.
(Cortazár - Histórias de Cronópios e de Famas)
Na Praça do Quirinal, em Roma, há um lugar conhecido pelos iniciados até o século XIX e do qual, em noites de lua cheia, vêem-se mexer lentamente as estátuas dos Dióscuros que lutam com seus cavalos empinados.
Em Amalfi, no fim da zona costeira, há um dique que penetra pelo mar e pela noite. Ouve-se um cão latir para além do último farol.
Um senhor está pondo pasta nos dentes na escova. De repente, vê, deitada de costas, uma diminuta imagem de mulher, feita de coral ou talvez de miolo de pão pintado.
Ao abrir o armário para apanhar uma camisa, cai um antigo calendário que se desmancha, se desfolha, cobre a roupa branca com milhares de sujas traças de papel.
Sabe-se de um caixeiro-viajante que começou a sentir dor no pulso esquerdo, justo debaixo do relógio de pulso. Ao arrancar o relógio, o sangue jorrou: a ferida mostrava os sinais de uns dentes muito finos.
O médico acaba de nos examinar e nos tranqüiliza. Sua voz grave e cordial precede os remédios, cuja receita ele escreve agora sentado à mesa. De vez em quando levanta a cabeça e sorri, animando-nos. Não é nada demais e daqui a uma semana estaremos passando bem. Nos refestelamos no sofá, felizes, e olhamos distraidamente em volta. De repente, na penumbra debaixo da mesa, vemos as pernas do medico. Ele arregaçou as calças até as coxas e veste meias de mulher.
(Cortazár - Histórias de Cronópios e de Famas)
27 outubro 2011
26 outubro 2011
22 outubro 2011
Veterinária
Existe uma bactéria
que dá no ser humano.
Eles trazem da rua
e espalham dentro de casa.
Só que não da pra saber,
porque a bicha é camuflada.
Eles não sentem nada
mas se pega na gente, mata.
Saiba que não há cura
nem com reza forte.
a solução pra não morrer?
humano em casa, melhor não ter.
que dá no ser humano.
Eles trazem da rua
e espalham dentro de casa.
Só que não da pra saber,
porque a bicha é camuflada.
Eles não sentem nada
mas se pega na gente, mata.
Saiba que não há cura
nem com reza forte.
a solução pra não morrer?
humano em casa, melhor não ter.
20 outubro 2011
The Mob - Máfia
You're just a baby in a dark room.
Don't you think this is blindness.
when you open your windown,
And i'll open the doors.
I have found the way,
You can find the way too,
... find the way to my kiss
but you cant
miss. (padapada pa pa)
Don't you think this is blindness.
when you open your windown,
And i'll open the doors.
I have found the way,
You can find the way too,
... find the way to my kiss
but you cant
miss. (padapada pa pa)
podes crer
se não for todo,
inteiro,
não vale essa vida.
não tô podendo
encarar coisa pouca,
nem com sede.
beijar mão
de quem acena de longe
ou só bate a cabeça.
pagar essa cerveja
de ingresso
pro teu lobby.
tá caro.
tem coro?
tem só jóinha...
vocês que pedem uma reposta,
eu peço uma pergunta.
inteiro,
não vale essa vida.
não tô podendo
encarar coisa pouca,
nem com sede.
beijar mão
de quem acena de longe
ou só bate a cabeça.
pagar essa cerveja
de ingresso
pro teu lobby.
tá caro.
tem coro?
tem só jóinha...
vocês que pedem uma reposta,
eu peço uma pergunta.
14 outubro 2011
Eu sei
Eu sei
Por toda a minha vida
Em cada despedida
Desesperadamente,
E cada verso meu
Pra te dizer que eu sei
Por toda minha vida
Eu sei que vou
A cada ausência tua eu vou
Mas cada volta tua
O que?
Eu sei
a eterna desventura
A espera de viver
Por toda a minha vida
Por toda a minha vida
Em cada despedida
Desesperadamente,
E cada verso meu
Pra te dizer que eu sei
Por toda minha vida
Eu sei que vou
A cada ausência tua eu vou
Mas cada volta tua
O que?
Eu sei
a eterna desventura
A espera de viver
Por toda a minha vida
01 outubro 2011
18 setembro 2011
13 agosto 2011
10 agosto 2011
Fulana,
com voce sou distraido
com voce,
o tempo me deixa burro.
o mentira da vida parece certa
a felicidade parece acessivel
voce me deixa jovem,
crente, olhando o horizonte
disse que me conhecia e jogou um olhar
me deixou pra sempre a pensar...
voce me abanou na sapucai
me fodeu bem mais do que pode imaginar
com voce sou distraido
com voce,
o tempo me deixa burro.
o mentira da vida parece certa
a felicidade parece acessivel
voce me deixa jovem,
crente, olhando o horizonte
disse que me conhecia e jogou um olhar
me deixou pra sempre a pensar...
voce me abanou na sapucai
me fodeu bem mais do que pode imaginar
02 agosto 2011
Profundamente
Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.
No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.
*
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
_
Manuel Bandeira
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.
No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes
Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?
— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.
*
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
_
Manuel Bandeira
22 julho 2011
Humanos
Eles são muitos.
Pior ainda,
Eles são muitos e estão em toda parte.
Pior ainda,
São muitos, estão em toda parte e inclusive no meu caminho.
Pior ainda,
Sempre.
Pior ainda,
Eles são muitos e estão em toda parte.
Pior ainda,
São muitos, estão em toda parte e inclusive no meu caminho.
Pior ainda,
Sempre.
20 julho 2011
Não vou me privar do meu amar sozinho.
amar na mente é oque tenho com essa moça.
Onírica,
sei que guarda pra mim seu desprezo
mas não devolvorei desdem falseado.
agir por essa cartilha da conquista
me trouxe só a expectativa,
me privou de mim, me deixou numa espera morta.
podia parecer mais fraco ou ridiculo,
me censurava achando...
sem saber se perdia mais ou menos nesse jogo dela
Percebo que não deu em nada, só.
como fui mal na iniciativa, como fui mal tentando ser outra coisa,
como fui mal pra ela gostar de mim.
deveria ser mais simples.
deveria
Uma vez esqueci, só na fachada,
ressentido daquele silêncio, fazendo pose de fortão.
Ela nem percebeu.
Na outra, fingi indiferença me segurando com esforço.
Não sei se percebeu ou foi só pelo orgulho,
sei que jogou umas migalhas e me disse "depois".
eu não quis mais cobrar, durão.
eu podia ter sido mais franco e gritado
eu podia ter arrombado a porta, e ter sido acolhido ou expulso.
Podia...
Agora já nao tenho minhas negas nem as transas efemeras, nem um pote de anestesia pra dar uma pausa nisso.
Então meu amor,
faça tua dança.
Se não é o sim nem o não,
eu imagino a dor ou o gozo que eu quiser.
Eu vou ser eu,
te quero e tenho direito de querer.
Farei valer meu direito de amar sem ser amado, de ser o indesejado pidão,
de reclamar de falta, de ausência, do que ficou esquecido,
do que a gente mal começou e não continuou.
Demonstrarei fraqueza, carência, inexperiencia, medo...
Assumindo que nao à conheço, que nao à atinjo e não à toco.
Abusarei do meu direito de constranger,
De me expor no meio da galera, de gritar seu nome na madrugada, de chorar bebado, de dar vexame...
Vai ser massa !!
Ela que aproveite, ou que se foda...
amar na mente é oque tenho com essa moça.
Onírica,
sei que guarda pra mim seu desprezo
mas não devolvorei desdem falseado.
agir por essa cartilha da conquista
me trouxe só a expectativa,
me privou de mim, me deixou numa espera morta.
podia parecer mais fraco ou ridiculo,
me censurava achando...
sem saber se perdia mais ou menos nesse jogo dela
Percebo que não deu em nada, só.
como fui mal na iniciativa, como fui mal tentando ser outra coisa,
como fui mal pra ela gostar de mim.
deveria ser mais simples.
deveria
Uma vez esqueci, só na fachada,
ressentido daquele silêncio, fazendo pose de fortão.
Ela nem percebeu.
Na outra, fingi indiferença me segurando com esforço.
Não sei se percebeu ou foi só pelo orgulho,
sei que jogou umas migalhas e me disse "depois".
eu não quis mais cobrar, durão.
eu podia ter sido mais franco e gritado
eu podia ter arrombado a porta, e ter sido acolhido ou expulso.
Podia...
Agora já nao tenho minhas negas nem as transas efemeras, nem um pote de anestesia pra dar uma pausa nisso.
Então meu amor,
faça tua dança.
Se não é o sim nem o não,
eu imagino a dor ou o gozo que eu quiser.
Eu vou ser eu,
te quero e tenho direito de querer.
Farei valer meu direito de amar sem ser amado, de ser o indesejado pidão,
de reclamar de falta, de ausência, do que ficou esquecido,
do que a gente mal começou e não continuou.
Demonstrarei fraqueza, carência, inexperiencia, medo...
Assumindo que nao à conheço, que nao à atinjo e não à toco.
Abusarei do meu direito de constranger,
De me expor no meio da galera, de gritar seu nome na madrugada, de chorar bebado, de dar vexame...
Vai ser massa !!
Ela que aproveite, ou que se foda...
14 julho 2011
06 julho 2011
Eu sou muito medrosa...
Cínica, covarde, sonsa, injusta.
Eu não sei fazer justiça
Não sei como faz justiça
Eu não tenho coragem de enfrentar nada...
Tenho que enfrentar a violência, a grosseria
E ir a luta pelo pão de cada dia...
Sou advogada de defesa e salva-vida
Eu não tenho coragem de enfrentar nada.
(Stela do Patrocinio)
Cínica, covarde, sonsa, injusta.
Eu não sei fazer justiça
Não sei como faz justiça
Eu não tenho coragem de enfrentar nada...
Tenho que enfrentar a violência, a grosseria
E ir a luta pelo pão de cada dia...
Sou advogada de defesa e salva-vida
Eu não tenho coragem de enfrentar nada.
(Stela do Patrocinio)
05 julho 2011
Mesmo sabendo que ninguem vai ler,
Queria dizer uma coisa aqui que já repeti exaustivamente e nem sempre acreditam: eu não cheiro pó, farinha, cocaina. Nunca cheirei, nem experimentei.
Isso não é uma mentira e, mesmo que não fosse verdade, nesse caso, seria um aluguel inocente sem o peso da mentira.
Aproveito pra lembrar que eu sempre falo sério, até mesmo quando eu estou alugando alguem. A verdade me escapa inclusive quando à evito. Acredite, é um fardo pesado de carregar pela vida, até sinto inveja dos hipócritas de vez em quando.
Voltando ao pó, mesmo não usando, não gosto da energia dessa droga perto de mim quando tá demais... na festa que eu tô toda hora, nas pessoas queridas em excesso, no meu amor que nem sabe, heis uma treva que não me seduz... mas isso já é outra prosa..
Queria dizer uma coisa aqui que já repeti exaustivamente e nem sempre acreditam: eu não cheiro pó, farinha, cocaina. Nunca cheirei, nem experimentei.
Isso não é uma mentira e, mesmo que não fosse verdade, nesse caso, seria um aluguel inocente sem o peso da mentira.
Aproveito pra lembrar que eu sempre falo sério, até mesmo quando eu estou alugando alguem. A verdade me escapa inclusive quando à evito. Acredite, é um fardo pesado de carregar pela vida, até sinto inveja dos hipócritas de vez em quando.
Voltando ao pó, mesmo não usando, não gosto da energia dessa droga perto de mim quando tá demais... na festa que eu tô toda hora, nas pessoas queridas em excesso, no meu amor que nem sabe, heis uma treva que não me seduz... mas isso já é outra prosa..
02 julho 2011
Pra voce que tah comemorando bodas
contemplando feliz e sentindo como os laços afetivos sao solidos.
Pra voce que se afirma nos valores da familia,
multiplicar e fortalecer nossa casa nessa disputa pra ver quem eh o mais legal.
generoso.
valoroso
pra voce nao.
que esse poema eh seco,
eh feito com voce mas nao eh pra voce.
Voce achou que era porque acha
mas eu to pouco me fodendo se voce vai ler isso.
dessa bobeira quue guia tua existencia,
oque nao eh falso eh mentira
contemplando feliz e sentindo como os laços afetivos sao solidos.
Pra voce que se afirma nos valores da familia,
multiplicar e fortalecer nossa casa nessa disputa pra ver quem eh o mais legal.
generoso.
valoroso
pra voce nao.
que esse poema eh seco,
eh feito com voce mas nao eh pra voce.
Voce achou que era porque acha
mas eu to pouco me fodendo se voce vai ler isso.
dessa bobeira quue guia tua existencia,
oque nao eh falso eh mentira
01 julho 2011
30 junho 2011
29 junho 2011
22 junho 2011
Só
improdutivo
sem platéia
ouvintes
leitores
seguidores
um nome no final
no meio da lista
que ninguem vê
é Janequine
é gonza
o pianista
Os vicios sintetizam
de quais me livro
em quais mergulho
uma lagrima me falta
fico assistindo a morte
de um mosquito na mesa
prendeu a asa, perdeu a perna
agoniza
descansa, agoniza mais
O intervalo vai aumentando.
eu começo com linhas curtas
e vou me alongando na descida
Meu primeiro verso só tinha duas letras e olha isso.
Voce bem que podia ser minha anestesia pro resto dessa bobagem.
Eu acompanhei tudo, sem muita atenção, sem dó, sem gosto,
[como uma camera de segurança.
Eu digitei lenha no google e meu blog (esse blog) apareceu na primeira pagina
Aquele mosquito agora é só sujeira, e pouca.
improdutivo
sem platéia
ouvintes
leitores
seguidores
um nome no final
no meio da lista
que ninguem vê
é Janequine
é gonza
o pianista
Os vicios sintetizam
de quais me livro
em quais mergulho
uma lagrima me falta
fico assistindo a morte
de um mosquito na mesa
prendeu a asa, perdeu a perna
agoniza
descansa, agoniza mais
O intervalo vai aumentando.
eu começo com linhas curtas
e vou me alongando na descida
Meu primeiro verso só tinha duas letras e olha isso.
Voce bem que podia ser minha anestesia pro resto dessa bobagem.
Eu acompanhei tudo, sem muita atenção, sem dó, sem gosto,
[como uma camera de segurança.
Eu digitei lenha no google e meu blog (esse blog) apareceu na primeira pagina
Aquele mosquito agora é só sujeira, e pouca.
20 junho 2011
14 junho 2011
D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou o meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
(Fernando Pessoa)
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou o meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
(Fernando Pessoa)
06 junho 2011
02 junho 2011
3/4 123....
saca teu desprezo e segue
pra tras nao olhe
o diabo que te carregue
e ele que nao de mole
lolololo
lililili
lolololo
lililili
saca teu desprezo e segue
pra tras nao olhe
o diabo que te carregue
e ele que nao de mole
lolololo
lililili
lolololo
lililili
Nao quero dizer mais nada
Nao quero dizer mais nada
por isso que eu decidi
que eu nao vou dizer mais nada
lolololo
lililili
lolololo
lililili
saca teu desprezo e segue
pra tras nao olhe
o diabo que te carregue
e ele que nao de mole
pra tras nao olhe
o diabo que te carregue
e ele que nao de mole
lolololo
lililili
lolololo
lililili
saca teu desprezo e segue
pra tras nao olhe
o diabo que te carregue
e ele que nao de mole
lolololo
lililili
lolololo
lililili
Nao quero dizer mais nada
Nao quero dizer mais nada
por isso que eu decidi
que eu nao vou dizer mais nada
lolololo
lililili
lolololo
lililili
saca teu desprezo e segue
pra tras nao olhe
o diabo que te carregue
e ele que nao de mole
01 junho 2011
eu continuo sozinho
ou melhor, estou mais sozinho.
frio, de mal humor
fugindo sempre que posso.
Cada ano que passa
é cada ano que passa.
os planos se engavetam
o dinheiro nao sobra.
nao tenho mais prazer em nada
por isso nem me destruo mais
se vou melhorar, capaz
nao me deste teu amor
e o meu tá virando mágoa
me envenena a toda hora
ou melhor, estou mais sozinho.
frio, de mal humor
fugindo sempre que posso.
Cada ano que passa
é cada ano que passa.
os planos se engavetam
o dinheiro nao sobra.
nao tenho mais prazer em nada
por isso nem me destruo mais
se vou melhorar, capaz
nao me deste teu amor
e o meu tá virando mágoa
me envenena a toda hora
31 maio 2011
Não chamaria de falso.
de verdade, é só raso
confio e mergulho sozinho.
bato cabeça, ninguem tem culpa.
Afeto de mesa de bar
junto na conveniência.
essa coisa que gente profunda estraga.
Deixa fluir, mais amor por favor...
não pesa pedrinho...
hahahaha
amor sem dor
amigo só de alegria
Sambinha só pra ser feliz
Só pra relaxar, sem compromisso.
Arrasa gato !!
Voce é demais !!
Não te liguei porque essa semana tá foda !!
Doeu mas foi só brincadeira,
Pode contar comigo mas depende.
Se tu for me avisa, to no cel.
Se eu não atender vai na frente.
de verdade, é só raso
confio e mergulho sozinho.
bato cabeça, ninguem tem culpa.
Afeto de mesa de bar
junto na conveniência.
essa coisa que gente profunda estraga.
Deixa fluir, mais amor por favor...
não pesa pedrinho...
hahahaha
amor sem dor
amigo só de alegria
Sambinha só pra ser feliz
Só pra relaxar, sem compromisso.
Arrasa gato !!
Voce é demais !!
Não te liguei porque essa semana tá foda !!
Doeu mas foi só brincadeira,
Pode contar comigo mas depende.
Se tu for me avisa, to no cel.
Se eu não atender vai na frente.
26 maio 2011
passa pra buscar
tua receita de quiabo ou de kebab
Eu nao preciso estar
deixa o chavão na portaria com o Itamar.
Saca teu desprezo, (saca?)
Pra trás, não olhe
O diabo que te carregue,
e ele que não dê mole.
Tira esse sorriso da minha vista
Sempre longe e sem tesão.
tua bela boca, ilusão.
Se perca de mim.
entristeça de mim.
cresça.
tua receita de quiabo ou de kebab
Eu nao preciso estar
deixa o chavão na portaria com o Itamar.
Saca teu desprezo, (saca?)
Pra trás, não olhe
O diabo que te carregue,
e ele que não dê mole.
Tira esse sorriso da minha vista
Sempre longe e sem tesão.
tua bela boca, ilusão.
Se perca de mim.
entristeça de mim.
cresça.
12 maio 2011
Eu gosto dela
Bem leonina, menina, mandona
Linda, sabe da sina, mina valentona
Fina, cheia de razão, rainha, foliona
Ela, descortina o novo, bota fim na zona
Teu olhar ilumina, abomina o cafona
Amazona e bailarina, toda bonitona. (pá)
Ela é purpurina, skinny e pakitona. (tá bem)
9 da matina, um café na poltrona. (ó)
Dona da rotina, mamãe corridona
Defina efeito sanfona, se acha esquisitona
Cafeína, Maracujina, moça respondona
Feiona em dia ruim, mas sempre bela dona
Maestrina do lar e popstar, Madona
Sou fina dança, opina, sorri e faz carona
Quer ser minha pequenina e pro mundo grandona
Meu negócio da China, caipira, brigona
Refrão: (2x)
Eu gosto tanto dela, a ponto de querer tá perto, pronto
Não tem outro jeito de me ver sorrir
É louco o efeito dela, aqui.
Grita igual buzina em dia nervosona
Santa sem batina, ganha tranquilona
Hipnotiza a retina, flash, figurona
Estrela maior do show, se precisar, machona
Fria igual neblina, alegre e fanfarrona
Brilha igual platina, prima, sabichona
Ave de rapina e musa pras telona
No ritmo, atina e lá vai corona
Ela é paz pra Palestina, fé pra Babilônia
Respeito, disciplina, boba e brincalhona
Estriquinina a TPM, vira felizona
Ela abre o circo, ela recolhe a lona
Diz que tá gelatina e malha pegadona
Vira destaque da piscina, satisfeita mona
Messalina, corajosa, do lar e chorona
Faz tudo quando quer
Eita, mulher durona
Refrão (2x).
(Emicida)
Linda, sabe da sina, mina valentona
Fina, cheia de razão, rainha, foliona
Ela, descortina o novo, bota fim na zona
Teu olhar ilumina, abomina o cafona
Amazona e bailarina, toda bonitona. (pá)
Ela é purpurina, skinny e pakitona. (tá bem)
9 da matina, um café na poltrona. (ó)
Dona da rotina, mamãe corridona
Defina efeito sanfona, se acha esquisitona
Cafeína, Maracujina, moça respondona
Feiona em dia ruim, mas sempre bela dona
Maestrina do lar e popstar, Madona
Sou fina dança, opina, sorri e faz carona
Quer ser minha pequenina e pro mundo grandona
Meu negócio da China, caipira, brigona
Refrão: (2x)
Eu gosto tanto dela, a ponto de querer tá perto, pronto
Não tem outro jeito de me ver sorrir
É louco o efeito dela, aqui.
Grita igual buzina em dia nervosona
Santa sem batina, ganha tranquilona
Hipnotiza a retina, flash, figurona
Estrela maior do show, se precisar, machona
Fria igual neblina, alegre e fanfarrona
Brilha igual platina, prima, sabichona
Ave de rapina e musa pras telona
No ritmo, atina e lá vai corona
Ela é paz pra Palestina, fé pra Babilônia
Respeito, disciplina, boba e brincalhona
Estriquinina a TPM, vira felizona
Ela abre o circo, ela recolhe a lona
Diz que tá gelatina e malha pegadona
Vira destaque da piscina, satisfeita mona
Messalina, corajosa, do lar e chorona
Faz tudo quando quer
Eita, mulher durona
Refrão (2x).
(Emicida)
08 maio 2011
07 maio 2011
06 maio 2011
27 abril 2011
25 abril 2011
Sonho de um terça-feira gorda
Eu estava contigo. Os nossos dominós eram negros,
e negras eram as nossas máscaras.
Íamos, por entre a turba, com solenidade,
Bem conscientes do nosso ar lúgubre
Tão constratado pelo sentimento felicidade
Que nos penetrava. Um lento, suave júbilo
Que nos penetrava... Que nos penetrava como uma espada de fogo...
Como a espada de fogo que apunhalava as santas extáticas.
E a impressão em meu sonho era que estávamos
Assim de negro, assim por fora inteiramente negro,
— Dentro de nós, ao contrário, era tudo claro e luminoso!
Era terça-feira gorda. A multidão inumerável
Burburinhava. Entre clangores de fanfarra
Passavam préstitos apoteóticos.
Eram alegorias ingênuas, ao gosto popular,em cores cruas.
Iam em cima, empoleiradas, mulheres de má vida,
De peitos enormes — Vênus para caixeiros.
Figuravam deusas — deusa disto, deusa daquilo, já tontas e seminuas.
A turba, ávida de promiscuidade,
Acotevelava-se com algazarra,
Aclamava-as com alarido.
E, aqui e ali, virgens atiravam-lhes flores.
Nós caminhávamos de mãos dadas, com solenidade,
O ar lúgubre, negro, negros...
mas dentro em nós era tudo claro e luminoso!
Nem a alegria estava ali, fora de nós.
A alegria estava em nós.
Era dentro de nós que estava a alegria,
— A profunda, a silenciosa alegria...
(M.B.)
e negras eram as nossas máscaras.
Íamos, por entre a turba, com solenidade,
Bem conscientes do nosso ar lúgubre
Tão constratado pelo sentimento felicidade
Que nos penetrava. Um lento, suave júbilo
Que nos penetrava... Que nos penetrava como uma espada de fogo...
Como a espada de fogo que apunhalava as santas extáticas.
E a impressão em meu sonho era que estávamos
Assim de negro, assim por fora inteiramente negro,
— Dentro de nós, ao contrário, era tudo claro e luminoso!
Era terça-feira gorda. A multidão inumerável
Burburinhava. Entre clangores de fanfarra
Passavam préstitos apoteóticos.
Eram alegorias ingênuas, ao gosto popular,em cores cruas.
Iam em cima, empoleiradas, mulheres de má vida,
De peitos enormes — Vênus para caixeiros.
Figuravam deusas — deusa disto, deusa daquilo, já tontas e seminuas.
A turba, ávida de promiscuidade,
Acotevelava-se com algazarra,
Aclamava-as com alarido.
E, aqui e ali, virgens atiravam-lhes flores.
Nós caminhávamos de mãos dadas, com solenidade,
O ar lúgubre, negro, negros...
mas dentro em nós era tudo claro e luminoso!
Nem a alegria estava ali, fora de nós.
A alegria estava em nós.
Era dentro de nós que estava a alegria,
— A profunda, a silenciosa alegria...
(M.B.)
21 abril 2011
18 abril 2011
Infelizmente, os felizes querem sempre incomodar os nao felizes.
E olha que os nao felizes podem se divertir bastante apesar da felicidade.
Apesar disso, os felizes nao se contem, eles sao felizes.
Ainda bem que existem os infelizes para (de vez em quando) extinguir os felizes e toda sua casta. (muito felizes, saltitantes, etc...)
E olha que os nao felizes podem se divertir bastante apesar da felicidade.
Apesar disso, os felizes nao se contem, eles sao felizes.
Ainda bem que existem os infelizes para (de vez em quando) extinguir os felizes e toda sua casta. (muito felizes, saltitantes, etc...)
10 abril 2011
08 abril 2011
Ultimamente, nessas ocasioes eu sinto que vou me comprometer e resolvo apagar todo o post que acabei de escrever porque afinal, eu me exponho demais....
...
Mas sera que alguem vai ler isso nesse contexto da minha paranoia?
Nessas horas eu penso depois:
Acho que o alcool tah fazendo cada vez menos efeito.
...
Mas sera que alguem vai ler isso nesse contexto da minha paranoia?
Nessas horas eu penso depois:
Acho que o alcool tah fazendo cada vez menos efeito.
04 abril 2011
28 março 2011
27 março 2011
26 março 2011
O Seu Olhar
O seu olhar lá fora
O seu olhar no céu
O seu olhar demora
O seu olhar no meu
O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu
Onde a brasa mora
E devora o breu
Como a chuva molha
O que se escondeu
O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu
O seu olhar agora
O seu olhar nasceu
O seu olhar me olha
O seu olhar é seu
(A.A.)
O seu olhar no céu
O seu olhar demora
O seu olhar no meu
O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu
Onde a brasa mora
E devora o breu
Como a chuva molha
O que se escondeu
O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu
O seu olhar agora
O seu olhar nasceu
O seu olhar me olha
O seu olhar é seu
(A.A.)
19 março 2011
17 março 2011
Chegamos pra farrear
na base da marchinha, com todo calor
jorrando criatividade
na rua ou na tua praça, seja onde for
Ai carnaval
da proxima vez tanto nao tarde
Ah que saudade que dá
de voce, toda hora em toda parte
Ai cabrocha
Ai ai ai cabrocha iluminada
Ano passa, o tempo tenta,
e não te largo meu amor, por nada.
na base da marchinha, com todo calor
jorrando criatividade
na rua ou na tua praça, seja onde for
Ai carnaval
da proxima vez tanto nao tarde
Ah que saudade que dá
de voce, toda hora em toda parte
Ai cabrocha
Ai ai ai cabrocha iluminada
Ano passa, o tempo tenta,
e não te largo meu amor, por nada.
14 março 2011
12 março 2011
08 março 2011
Coisa Acesa
(Moraes Moreira e Fausto Nilo)
Atravessei os sete mares
e por todos os lugares
por onde andei
você me dava a vida
foi uma dádiva da natureza
essa coisa acesa
que hoje vejo em ti
não acredito
nem que o mundo chora
foi bonito agora
vi você sorrir
Chega nêgo, nêgo, nêgo, nêgo
nêgo, nêgo, pára
chega nêgo, nêgo, nêgo
teu chamego para mim;
tudo que me
dá sossego
é assim
chega nêgo, nêgo, nêgo
vem pra mim.
(Moraes Moreira e Fausto Nilo)
Atravessei os sete mares
e por todos os lugares
por onde andei
você me dava a vida
foi uma dádiva da natureza
essa coisa acesa
que hoje vejo em ti
não acredito
nem que o mundo chora
foi bonito agora
vi você sorrir
Chega nêgo, nêgo, nêgo, nêgo
nêgo, nêgo, pára
chega nêgo, nêgo, nêgo
teu chamego para mim;
tudo que me
dá sossego
é assim
chega nêgo, nêgo, nêgo
vem pra mim.
13 fevereiro 2011
Queria o cheiro do salpicao de arrabaes
Um tento de memoria prova
Nao de uma ferida saudosista
nem de que nao tenha melhor
Quero a prova justa de que vim
nao sou
mais ou menos fulgas que um peido no oeste
De que nasci de um abestalhado
e nao me declarei achado
ate o ponto em que resisto
De que nao sei de nada
e de que tudo pode
ate o limite
Um tento de memoria prova
Nao de uma ferida saudosista
nem de que nao tenha melhor
Quero a prova justa de que vim
nao sou
mais ou menos fulgas que um peido no oeste
De que nasci de um abestalhado
e nao me declarei achado
ate o ponto em que resisto
De que nao sei de nada
e de que tudo pode
ate o limite
09 fevereiro 2011
19 janeiro 2011
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